Quatro países, 77 cidades, 86 dias e 2.065 quilômetros percorridos a pé. Foi essa a empreitada de Marcos Bulcão na Via Francígena, uma rota de peregrinação europeia até hoje pouco conhecida e explorada. Com uma narrativa saborosa, repleta de curiosidades históricas e culturais, esta obra nos deleita com os relatos de um peregrino interessado em testar seus limites a fim de conhecer o mundo, as pessoas e suas histórias.
A literatura de viagem vem sendo um vasto campo de exploração dos mais variados tipos de viajantes há séculos. Pessoas sempre viajaram motivadas por diferentes finalidades, fossem elas crenças religiosas, trocas comerciais, missões diplomáticas ou propósito pessoal. Exatamente neste ponto do trajeto nos encontramos com Marcos Bulcão Nascimento em seu “O filósofo peregrino – De Londres a Roma a pé: 2 mil quilômetros na Via Francígena”. Em sua jornada, os sinais emitidos pelo espírito de aventura, pela necessidade do caminhar adiante, viajar, observar, conjuga a essência do garoto aventureiro que manifestava a satisfação por desbravar espaços “proibidos”, ao filósofo que emergia a cada trajeto. Com o tempo suas caminhadas foram expressando-se em observações e reflexões cada vez mais elaboradas. Como ele mesmo diz, “…O corpo anda 2 mil quilômetros para que a mente possa ir ainda mais longe…” Todo este processo, Bulcão transcreve por meio de uma narrativa leve, fluída, sua jornada por quatro países, 77 cidades, 86 dias e 2.065 quilômetros percorridos a pé e muita, muita reflexão
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